A utilização de mudas permite
maximizar a utilização de áreas de tamanho reduzido e de custo elevado, como
áreas de ambiente protegido, tornando possível maior número de
colheitas/ano/área; além disso, permiti maior controle do espaçamento, garante
a população desejada, plantas uniformes e facilita o controle de ervas
daninhas.
Mudas utilizadas:
Mudas de alta
qualidade, mudas maiores, com boa relação raiz/parte aérea, mudas mais duras,
que não apresente estiolamento e deficiência nutricional, são obtidas através
do fornecimento adequado e em quantidades ideais dos fatores que permitem o bom
crescimento e desenvolvimento das plantas. Água, luz, temperatura, nutrientes,
O2, CO2, genótipo e qualidade da semente, são os
principais fatores responsáveis pela qualidade das mudas.
O método de
produção de mudas em recipientes multicelulares constituídos de materiais como
plástico, poliestireno expandido, fibras vegetais prensadas e resinas, é o mais
utilizado para obtenção de mudas de hortaliças, entre elas o tomate. Este método
permite maior uniformidade das mudas, maior sanidade e menor estresse durante o
transplante.
As bandejas de poliestireno expandido
(isopor) são as mais utilizadas, e podem apresentar diferentes tamanhos e
números de células. Entre as bandejas utilizadas para produção de mudas de
hortaliças, as bandejas com 128 células são as que possuem células de maior
volume e são as mais indicadas para cultura do tomate. Quando se utiliza
células maiores, as mudas podem ser levadas maiores para o campo, reduzindo o
tempo gasto do transplante à colheita. Além disso, com um maior volume de
substrato aderido às raízes, minimiza-se o efeito do estresse provocado pelo
transplante e permite maior crescimento das mudas após esse procedimento.
O substrato
utilizado deve apresentar algumas características desejáveis: alta capacidade
de troca de cátions, ausência ou baixo teor de elementos químicos tóxicos para
as plantas, alta retenção de umidade e aeração, fácil manuseio no preparo e
enchimento dos recipientes, alta capacidade de agregação e aderência às raízes,
baixa aderência ao recipiente, deve se manter intacto durante o transplante e
ser livre de patógenos. Essas características otimizam o fornecimento de
água, oxigênio e nutrientes às plântulas, e facilitam o transplante das mudas.
O transplante de
mudas de qualidade, vigorosas, é de fundamental importância para o sucesso com
a cultura do tomate, ou qualquer outra hortaliça.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO GRUPO
Para
produção de mudas de tomate, utilizou-se bandejas de poliestireno expandido,
com 128 células. O substrato utilizado foi o Tropstrato HA Hortaliças,
produzido pela empresa Vida verde (Tabela 1). Utilizou-se ambiente protegido
para a produção de mudas. As bandejas foram mantidas suspensas em bancadas para
possibilitar a poda natural das raízes que se projetavam para fora da célula, o
que promove um maior enraizamento das mudas e maior aderência das raízes ao
substrato.
A semeadura foi
feita no dia 07/03/2014 e após a emergência das plântulas, fizemos a
determinação da germinação de sementes dos três cultivares utilizados. A
germinação dos cultivares Momotaro, Byelsa e Mascot foi, respectivamente, de
98,2 %, 97,4% e 98,3%. Apesar da alta germinação as mudas não
estavam muito uniformes, ressaltando a importância de uma seleção das mudas
mais vigorosas e uniformes no transplantio.
Tabela 1: Garantias das
características do substrato fornecidas pela empresa:
Unidade*
(% p/p) |
CRA*
(% p/p) |
Densidade*
kg/m³ |
pH
|
CE (mS/cm)
|
||
proporção água:substrato**
|
proporção água:substrato**
|
|||||
1,5:1
|
5:1*
|
1,5:1
|
5:1*
|
|||
60
|
130
|
480
|
5,8(±)0,5
|
5,8(±)0,5
|
1,5(±)0,3
|
0,3(±)0,3
|
CRA = CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA.
* De acordo com a metodologia da IN
17/2007 do MAPA.
** Proporção de água destilada
adicionada por volume de substrato para determinação do pH e Condutividade
Elétrica (CE).
NATUREZA FÍSICA: SÓLIDO (SEM
ESPECIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA).
Mudas utilizadas:
Mudas na estufa:
Momento do transplantio:
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